Informações gerais sobre anestesia
A seguir, você encontra informações mais detalhadas a respeito da anestesia, seus tipos e efeitos.
Qual a função
da anestesia
A principal função da anestesia consiste em eliminar a dor e proporcionar conforto para o paciente durante o procedimento cirúrgico ou diagnóstico. Além disso, nosso trabalho envolve cuidar de todos os parâmetros vitais do paciente, como frequência cardíaca, pressão arterial e respiração.


a anestesia
A anestesia é aplicada exclusivamente por médico especialista em anestesiologia. Para obtermos este título, passamos por pelo menos três anos de treinamento em programa de residência ou especialização médica, com reconhecimento pelo ministério da educação e/ou Sociedade Brasileira de Anestesiologia.
Tipos de anestesia
Comumente realizada até mesmo em clínicas por médicos ou dentistas, é aquela em que o anestésico é aplicado e atua exatamente na região a ser manipulada. Na maioria das vezes é aplicada pelo próprio cirurgião. Apesar de efetiva, é limitada quanto à área de abrangência e não é suficiente para procedimentos maiores.
É aquela em que o anestésico é aplicado ao redor de nervos responsáveis pela sensibilidade e até motricidade de uma região corporal. Pode ser aplicada no neuroeixo ou em nervos periféricos:
- A anestesia do neuroeixo é aquela aplicada no sistema nervoso da coluna. Apresenta duas variantes: a raquianestesia e a peridural. As duas opções apresentam suas diferenças e a escolha entre elas depende de alguns aspectos relacionados ao procedimento proposto, mas o resultado para o paciente é praticamente o mesmo – perda temporária da sensibilidade e motricidade da metade inferior do corpo.
- Nos bloqueios periféricos, o anestésico é aplicado ao redor de nervos fora da coluna. Dependendo da região escolhida, conseguimos bloquear completamente a sensibilidade de membros ou regiões específicas do corpo. Geralmente realizamos com o auxílio do ultrassom, aumentando a efetividade e segurança.
As técnicas de anestesia regional são mais abrangentes que a anestesia local e podem ser realizadas de maneira isolada ou associadas a sedação ou anestesia geral.
Realizada pela combinação de medicações hipnóticas (para fazer dormir) e analgésicas (para reduzir a dor). O objetivo da sedação é deixar o paciente dormindo confortavelmente, mas de maneira despertável durante o procedimento.
A profundidade é variável e ajustada de acordo com cada caso e pode ir desde uma sedação leve, com redução da ansiedade, até uma sedação profunda, em que o paciente despertaria apenas com estímulos dolorosos. Por este motivo, normalmente é utilizada em complemento à anestesia local ou bloqueios regionais, proporcionando tranquilidade e conforto de modo seguro, poupando muitas vezes a necessidade de uma anestesia geral.
As técnicas de anestesia regional são mais abrangentes que a anestesia local e podem ser realizadas de maneira isolada ou associadas a sedação ou anestesia geral.
Mais profunda que a sedação, consiste em um estado em que o paciente não desperta nem mediante estímulos dolorosos. Muitos procedimentos só são possíveis de serem realizados sob este tipo de anestesia e, por serem realizadas por doses mais altas de hipnóticos e analgésicos potentes, normalmente exigem que intervenhamos de maneira invasiva no auxílio da respiração do paciente, como através da intubação associada à ventilação mecânica – mas não se preocupe, você já estará dormindo quando esta intervenção for realizada.
Fluxo no dia da cirurgia
Após o internamento, o paciente será encaminhado direto para a sala de espera do centro cirúrgico, onde poderá permanecer com seu acompanhante. A seguir, passará pela Sala de Admissão, onde suas informações e documentos serão confirmados serão confirmados, irá trocar de roupa pela vestimenta do centro cirúrgico e seus dados vitais (como pressão e frequência cardíaca) serão avaliados.
Quando a sala de cirurgia estiver pronta, o paciente será encaminhado para o centro cirúrgico, onde ocorrerá a operação. Neste setor não será permitida a entrada de acompanhante (exceto para crianças de até 12 anos).
Na sala de cirurgia, será puncionada uma veia em um dos braços para instalação de soro e colocados os monitores, que verificaram de forma o tempo todo a pressão arterial, frequência cardíaca, saturação de oxigênio e outros sinais que forem necessários.
Quando tanto o anestesista quanto a equipe cirúrgica estiverem prontos para iniciar, será realizado em voz alta o check-list da cirurgia segura e daremos início à indução anestésica.
O anestesista permanece na sala de cirurgia durante toda a cirurgia e ele encaminha o paciente à Sala de Recuperação Anestésica.
Anestesia é um
procedimento seguro?
Se no passado a anestesia já foi uma prática de incertezas e comumente associadas a complicações, graças aos avanços tecnológicos e farmacêuticos das últimas décadas, hoje a anestesia pode ser considerada um procedimento muito seguro, sendo realizada com técnicas muito mais refinadas e com monitoramento muito mais preciso do que nos tempos antigos. No entanto, como qualquer procedimento médico, envolve alguns riscos.
Fatores que contribuem para a segurança:
• Médicos anestesiologistas altamente treinados que monitoram o paciente durante todo o procedimento.
• Equipamentos modernos permitem o monitoramento contínuo dos sinais vitais, como frequência cardíaca, pressão arterial e oxigenação.
• Uso de medicações seguras e escolhidas de forma individualizada, adequadas para cada situação.
• Avaliação pré-operatória detalhada realizada para identificar possíveis riscos e alergias.
Como será a recuperação
da anestesia
Logo após a cirurgia, os pacientes são encaminhados à Sala de Recuperação Pós-Anestésica (RPA) ou, quando necessário, à Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Lá os pacientes ficam monitorizados e acompanhados por médico, enfermeira e técnicos de enfermagem, que estão prontos para atendê-los caso necessitem de qualquer assistência, como realização de analgésicos, medicações para náusea ou intervir em qualquer intercorrência.
O retorno ao estado normal após uma anestesia depende de vários fatores, como o tipo de anestesia realizada e o tempo de ação das medicações escolhidas.
Quanto às medicações hipnóticas, de maneira geral as medicações usadas de rotina são de rápido metabolismo, de forma que após interrompermos a administração, o paciente retorna à consciência nos minutos seguintes e com recuperação completa durante a primeira hora após a cirurgia.
Normalmente antes do término da cirurgia já administramos medicações para minimizar dor e náusea no pós-operatório. Alguns analgésicos podem causar sonolência por algumas horas após a cirurgia, mas mantendo o paciente responsivo. Além disso, apesar da recuperação da consciência, é possível que o paciente sinta tontura, esquecimento ou lentidão dos reflexos durante as primeiras 24 horas após anestesia; por isso, é importante não dirigir, operar maquinário perigoso ou tomar decisões importantes neste período.
Já os bloqueios regionais podem levar desde poucas horas até 24 horas para recuperação completa, a depender da medicação e local de aplicação. Esse tempo será discutido e informado pelo seu anestesiologista.